terça-feira, 14 de julho de 2015

Precisamos falar sobre o ABORTO.

CHOCANTE: doutora da indústria do aborto é pega negociando partes de bebês abortados.

Mais um escândalo surge no meio abortista americano. A médica Deborah Nucatola, Diretora Sênior de Serviços Médicos do conglomerado abortista Planned Parenthood, foi filmada em uma conversa para lá de natural falando sobre o mercado de tecidos humanos fetais. Isso mesmo, uma das chefes da maior empresa abortista dos EUA contou tudo sobre como funciona seu modelo de negócios: realizar aborto para separar partes dos bebês para venda.
Esse conjunto de clínicas abortistas forma uma fazenda de seres humanos, onde há preferências e consumidores ávidos a ter a melhor parte de um bebê.
(…)“I’d say a lot of people want liver. And for that reason, most providers will do this case under ultrasound guidance, so they’ll know where they’re putting their forceps. The kind of rate-limiting step of the procedure is calvarium. Calvarium—the head—is basically the biggest part.”
(…) Eu diria que muitas pessoas querem fígado. E por causa disso, muitos fornecedoresrealizarão os procedimentos com o auxílio de um ultrassom, para que eles saibam ondecolocar o fórceps. Um fator limitador do procedimento é o calvariumCalvarium – a cabeça – é basicamente a parte maior.”
São frases tenebrosas, contadas de um jeito tão natural quanto falar sobre o jogo de futebol do domingo.
No final a média ainda menciona que propôs para a empresa criar um menu dos serviços e oferecer para os clientes. Os serviços, claro, são as partes retiradas dos bebês abortados.
Confira no vídeo:

Fonte do vídeo: LifeSiteNews

sábado, 11 de julho de 2015

França: Número de ordenações sacerdotais diminuiu esse ano.

Le Figaro de 07 de julho de 2015, relata que "o número de padres ordenados na França nunca foi tão baixo." Na verdade, Conferência da França Episcopal anuncia 68 ordenações de sacerdotes diocesanos em 2015, contra 82 no ano passado. Se os 52 ordenações somarmos sacerdotes religiosos, 120 sacerdotes (diocesanos e religiosos) que são ordenados para o ano de 2015, contra 140 no ano passado. Este é o valor mais baixo dos últimos 15 anos.



O futuro não vai ser melhor, pois apenas 87 seminaristas diocesanos foram ordenados diáconos em 2015, e deve se tornar sacerdotes próximo ano. Como escrito pelo jornalista Figaro , Caroline Piquet , "declínio crônico no número de padres na França há muito preocupado os bispos. O número de padres católicos na França caiu quase pela metade em 20 anos, a partir de 29.000 (diocesanos e religiosos juntos) em 1995 para cerca de 15.000 em 2015. De acordo com projeções, elas serão apenas 6.000 em 2020. "Dez mil d eles têm mais de 65 anos, mais de 7.000 do que 75. E um bispo reconheceu sem rodeios: "Eu ordeno um sacerdote por ano, e enterro doze." O que faz com que muitos bispos franceses não tenham ordenado nenhum sacerdote durante dez anos.

BBC recolhe esta opinião imbuído de um fatalismo resignado: "Na diocese de Toulouse, a chanceler Christian Teysseyre observar essa flutuação permanente de ano para ano. "Em média, nós ordenação 1,5 por ano, mas este ano que tivemos em qualquer padres diocesanos", ele relata. "Esta não é a primeira vez que isso acontece, depende anos", ele continua. "Em 2016, por exemplo, nós planejamos ter três '. Na diocese de Orleans, também é muito variável. "Este ano temos uma ordenação, contra quatro em 2014", diz um leigo comprometido na Igreja, que deseja permanecer anônimo. 2012 e 2013 foram os anos mais difíceis: nenhuma ordenação. "

Esta queda é acompanhada ordenações inexoravelmente, ao longo das décadas, uma diminuição do número de praticantes: em 1952, 27% dos católicos iam à missa, em 2010 havia apenas 4,5%, de acordo com um estudo IFOP.

(Fontes: BBC / EFC / IFOP - DICI No. 318, de 07/10/15)

Católicas pelo direito de decidir? Não, caóticas!

Quem são, o que fazem, quem as financia? Conheça o que há por detrás das "Católicas pelo direito de decidir"

Em 1970, nascia nos Estados Unidos, pelas mãos de três membros do grupo abortista NOW ("National Organization for Women"), a organização "Católicas pelo direito de decidir". O intuito era minar as fileiras da Igreja, ludibriando os católicos com a falsa propaganda de que é possível seguir Jesus Cristo ao mesmo tempo em que se defende o aborto. Desde então, as feministas pelo direito a abortar - que de forma blasfema se julgam as porta-vozes do catolicismo feminista, se é que isso possa existir - vêm disseminando mundo afora as bobagens que as fundações internacionais pagam para serem contadas.
Mas não é só o aborto que estas senhoras defendem. Na luta delas também se inclui a apologia aos anticoncepcionais, às uniões entre pessoas do mesmo sexo e a outros absurdos frontalmente opostos ao ensinamento cristão. Tudo em nome da obcecada agenda pelos "direitos reprodutivos da mulher". Ao contrário das santas que, durante toda a história da Igreja, preocuparam-se em anunciar a salvação - gastando-se em vigílias, penitências e outras atitudes heroicas -, as falsas católicas pelo direito de decidir se empenham obsessivamente no combate aos mandamentos de Deus, ou seja, à santidade de vida. E a razão de tudo isso é muito simples, quem a explica é a própria presidente do conluio, a ex-freira Francis Kissling:

"A perspectiva católica é um bom lugar para começar, tanto em termos filosóficos, sociológicos como teológicos, porque a posição católica é a mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. OK. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente tem declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando começa a vida, fetos etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha"01.
Diante disso, a atitude católica não pode ser outra senão dizer um "sim decidido e sem hesitação à vida", como suplicou incisivamente o Papa Francisco, em seu discurso aos ginecologistas católicos02. Trata-se de caridade cristã. Quando grupos põe em jogo a dignidade da pessoa humana, mas, sobretudo, a salvação das almas, é dever de todo cristão opor-se com firmeza às mentiras que se arvoram sobre os filhos de Deus. Urge, com efeito, uma valente "cruzada de virilidade e de pureza que enfrente e anule o trabalho selvagem dos que pensam que o homem é uma besta. E essa cruzada é obra vossa"03. A filiação divina exige dos fiéis o combate sem trégua às forças do mal. À mentira a verdade, ao escândalo a pureza, à falta de caráter a fortaleza e assim com cada aberração suscitada pelo coração do diabo.
Arregaçando as mangas contra a Igreja, as caóticas pelo direito de matar acusam o Magistério Sagrado de promover a Aids entre as populações menos favorecidas, por causa da condenação aos preservativos. Pobres coitadas, não conseguem compreender - ou pelo menos fingem não conseguir - que aos santos pastores cabe o encargo de proteger o ser humano na sua integridade. A lógica utilitarista da camisinha já se mostrou um verdadeiro fracasso. Primeiro, porque transforma o ser humano num objeto de prazer, arrancando-lhe a sua dignidade fundamental. Segundo, porque estimula as mais torpes depravações sob a aparente "segurança" dos anticoncepcionais. E quem respalda o ensinamento católico é a própria ciência. Edward Green, diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da Aids da Escola de Saúde Pública de Harvard, confessou recentemente, através de suas pesquisas, que a propósito das polêmicas declarações de Bento XVI sobre os preservativos, o Romano Pontífice estava certo04. De fato, a camisinha é mais o problema do que a solução.
A única maneira de erradicar a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis é - como a Igreja vem repetindo há anos - através de "uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que inclua um novo modo de comportar-se um com o outro"05. Mas isso requer renúncia, sacrifício e, acima de tudo, amor. Todavia, a filosofia apregoada por instâncias feministas ou liberais não está acostumada à virtude, precisamente por isso, cai no reducionismo mesquinho de submeter a dignidade sexual do ser humano a relações de plástico. Aqueles que procuram viver a reta moral, lutando pela castidade e pela fidelidade ao matrimônio não precisam desses subterfúgios baratos. Quando a gravidade dos fatos exige respostas imediatas, elas devem vir da grandeza do caráter humano, não do látex.
Obviamente, não se necessita muito esforço para entender as ações das fajutas católicas feministas. A doutrina de Jesus não pode ser confundida, sob hipótese alguma, com mera formalidade ou exigências morais sem sentido. Cristo é a verdade e a Igreja o canal por onde se chega a ela, tudo o que procede do Catecismo e do Magistério dos Santos Padres tende à salvação do homem. E não poderia ser diferente, já que a Pedro foram conferidas as próprias chaves do céu. Por isso, grupos como as "Católicas pelo direito de decidir" e outras sucursais do inimigo de Deus, por mais barulho que possam fazer, sempre perderão, pois acima de suas cabeças, acima das nuvens cinzentas do pecado e da lavagem, reside um Deus muitíssimo maior, ao qual todas as coisas estão submetidas, até mesmo os demônios dos abismos.
Por Padre Paulo Ricardo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

• Frei Betto. Carta a Che Guevara o santo da Juventude.

Querido Che,
Passaram-se muitos anos desde que a CIA te assassinou nas selvas da Bolívia, a 8 de outubro de 1967. Tu tinhas, então, 39 anos de idade. Pensavam teus algozes que, ao cravar balas em teu corpo, após te capturarem vivo, condenariam tua memória ao olvido. Ignoravam que, ao contrário dos egoístas, os altruístas jamais morrem. Sonhos libertários não se confinam em gaiolas como pássaros domesticados. A estrela de tua boina brilha mais forte, a força dos teus olhos guia gerações nas veredas da justiça, teu semblante sereno e firme inspira confiança nos que combatem por liberdade. Teu espírito transcende as fronteiras da Argentina, de Cuba e da Bolívia e, chama ardente, ainda hoje inflama o coração de muitos.

Mudanças radicais ocorreram nesses trinta e seis anos. O Muro de Berlim caiu e soterrou o socialismo europeu. Muitos de nós só agora compreendem tua ousadia ao apontar, em Argel, em 1962, as rachaduras nas muralhas do Kremlin, que nos pareciam tão sólidas. A história é um rio veloz que não poupa obstáculos. O socialismo europeu tentou congelar as águas do rio com o burocratismo, o autoritarismo, a incapacidade de estender ao cotidiano o avanço tecnológico propiciado pela corrida espacial e, sobretudo, revestiu-se de uma racionalidade economicista que não deitava raízes na educação subjetiva dos sujeitos históricos: os trabalhadores.
Quem sabe a história do socialismo seria outra, hoje, se tivessem dado ouvidos às tuas palavras: “O Estado às vezes se equivoca. Quando ocorre um desses equívocos, percebe-se uma diminuição do entusiasmo coletivo devido a uma redução quantitativa de cada um dos elementos que o formam, e o trabalho se paralisa até ficar reduzido a magnitudes insignificantes: é o momento de retificar”.

Che, muitos de teus receios se confirmaram ao longo desses anos e contribuiram para o fracasso de nossos movimentos de libertação. Não te ouvimos o suficiente. Da África, em 1965, escreveste a Carlos Quijano, do jornal Marcha, de Montevidéo: “Deixe-me dizê-lo, sob o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade”.
Alguns de nós, Che, abandonaram o amor aos pobres que, hoje, se multiplicam na Pátria Grande latino-americana e no mundo. Deixaram de se guiar por grandes sentimentos de amor para serem absorvidos por estéreis disputas partidárias e, por vezes, fazem de amigos, inimigos, e dos verdadeiros inimigos, aliados. Minados pela vaidade e pela disputa de espaços políticos, já não trazem o coração aquecido por ideais de justiça. Ficaram surdos aos clamores do povo, perderam a humildade do trabalho de base e, agora, barganham utopias por votos.
Quando o amor esfria, o entusiasmo arrefece e a dedicação retrai-se. A causa como paixão desaparece, como o romance entre um casal que já não se ama. O que era “nosso” ressoa como “meu” e as seduções do capitalismo afrouxam princípios, transmutam valores e, se ainda prosseguimos na luta, é porque a estética do poder exerce maior fascínio que a ética do serviço.

Teu coração, Che, pulsava ao ritmo de todos os povos oprimidos e espoliados. Peregrinastes da Argentina à Guatemala, da Guatemala ao México, do México à Cuba, de Cuba ao Congo, do Congo à Bolívia. Saístes todo o tempo de ti mesmo, incandescido pelo amor que, em tua vida, se traduzia em libertação. Por isso podias afirmar, com autoridade, que “é preciso ter uma grande dose de humanidade, de sentido de justiça e de verdade para não cair em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios, em isolamento das massas. Todos os dias é necessário lutar para que este amor à humanidade viva se transforme em fatos concretos, em gestos que sirvam de exemplo, de mobilização”.
Quantas vezes, Che, nossa dose de humanidade ressecou-se calcinada por dogmatismos que nos inflaram de certezas e nos deixaram vazios de sensibilidade com os dramas dos condenados da Terra! Quantas vezes nosso sentido de justiça perdeu-se em escolasticismos frios que proferiam sentenças implacáveis e proclamavam juízos infamantes! Quantas vezes nosso senso de verdade cristalizou-se em exercício de autoridade, sem que correspondêssemos aos anseios dos que sonham com um pedaço de pão, de terra e de alegria.

Tu nos ensinaste um dia que o ser humano é o “ator desse estranho e apaixonante drama que é a construção do socialismo, em sua dupla existência de ser único e membro da comunidade”. E que este não é “um produto acabado. As taras do passado se trasladam ao presente na consciência individual e há que empreender um contínuo trabalho para erradicá-las”. Quiçá tenha nos faltado sublinhar com mais ênfase os valores morais, as emulações subjetivas, os anseios espirituais. Com o teu agudo senso crítico, cuidaste de advertir-nos de que “o socialismo é jovem e tem erros. Os revolucionários carecem, muitas vezes, de conhecimentos e da audácia intelectual necessárias para encarar a tarefa do desenvolvimento do homem novo por métodos distintos dos convencionais, pois os métodos convencionais sofrem a influência da sociedade que os criou”.

Apesar de tantas derrotas e erros, tivemos conquistas importantes ao longo desses trinta anos. Movimentos populares irromperam em todo o Continente. Hoje, em muitos países, são melhor organizados as mulheres, os camponeses, os operários, os índios e os negros. Entre os cristãos, parcela expressiva optou pelos pobres e engendrou a Teologia da Libertação. Extraímos consideráveis lições das guerrilhas urbanas dos anos 60; da breve gestão popular de Salvador Allende; do governo democrático de Maurice Bishop, em Granada, massacrado pelas tropas dos EUA; da ascensão e queda da Revolução Sandinista; da luta do povo de El Salvador. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores chegou ao governo com a eleição de Lula; na Guatemala, as pressões indígenas conquistam espaços significativos; no México, os zapatistas de Chiapas põem a nu a política neoliberal.

Há muito a fazer, querido Che. Preservamos com carinho tuas maiores heranças: o espírito internacionalista e a Revolução cubana. Uma e outra coisa hoje se intercalam como um só símbolo. Comandada por Fidel, a Revolução cubana resiste ao bloqueio imperialista, à queda da União Soviética, à carência de petróleo, à mídia que procura satanizá-la. Resiste com toda a sua riqueza de amor e humor, salsa e merengue, defesa da pátria e valorização da vida. Atenta à tua voz, ela desencadeia o processo de retificação, consciente dos erros cometidos e empenhada, malgrado as dificuldades atuais, em tornar realidade o sonho de uma sociedade onde a liberdade de um seja a condição de justiça do outro.

De onde estás, Che, abençoes todos nós que comungamos teus ideais e tuas esperanças. Abençoes também os que se cansaram, se aburguesaram ou fizeram da luta uma profissão em benefício próprio. Abençoes os que têm vergonha de se confessar de esquerda e de se declarar socialistas. Abençoes os dirigentes políticos que, uma vez destituídos de seus cargos, nunca mais visitaram uma favela ou apoiaram uma mobilização. Abençoes as mulheres que, em casa, descobriram que seus companheiros eram o contrário do que ostentavam fora, e também os homens que lutam por vencer o machismo que os domina. Abençoes todos nós que, diante de tanta miséria a erradicar vidas humanas, sabemos que não nos resta outra vocação senão converter corações e mentes, revolucionar sociedades e continentes. Sobretudo, abençoe-nos para que, todos os dias, sejamos motivados por grandes sentimentos de amor, de modo a colher o fruto do homem e da mulher novos. 


Missa tradicional ou Missa Nova?

“A Missa tradicional é voltada para a adoração a Deus, o princípio e o fim do Sacrifício, diante do qual todos os homens se humilham e descem dos seus pedestais. Para Deus se há de dar o melhor: a melhor arte, os melhores paramentos, as melhores intenções, a maior preocupação em fazer tudo para dar a ele um sacrifício o mais digno de sua glória possível, dentro da capacidade humana.”
Contra eles, costuma-se dar três objeções:
1ª - A Missa Nova na verdade é a mesma Missa de sempre. Não há portanto razão para recusá-la;

2ª - O Papa mandou explicitamente a Missa Nova. Ora, os fiéis devem obedecer ao Papa, mesmo quando não fale ex-cathedra;

3ª - O Papa, apesar de não usar neste caso a sua infalibilidade, não poderia errar em matéria tão grave.

RESPOSTAS
1ª Objeção: A Missa Nova é a mesma Missa de sempre.
É melhor deixar responder a isto o próprio Mons. Aníbal Bugnini, então secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o grande mentor da Missa Nova: “Não se trata apenas de retoques numa obra de grande valor, mas às vezes é preciso dar estruturas novas a ritos inteiros. Trata-se de uma restauração fundamental, eu diria quase umamudança total e, para certos pontos, de uma verdadeira nova criação.” (Doc. Cat. n.º 1493, 7/5/1967). Por estas palavras se vê que a Missa Nova já não é a mesma Missa de sempre. Aliás, se é a mesma coisa, então por que criticar e até perseguir os que querem ser fiéis à Missa tradicional?

2ª Objeção: O Papa mandou explicitamente a Missa Nova.
Antes de responder, gostaria de fazer quatro perguntas a quem fizesse essa objeção:
a) Um Papa pode entrar em desacordo com a Tradição?
b) Se um Papa estiver em desacordo com a Tradição, a quem devemos seguir, ao Papa ou à Tradição?
c) Um Papa pode terminar favorecendo uma heresia?
d) Se o Papa favorece a heresia, neste caso o que se deve fazer: obedecer ao Papa e favorecer a heresia ou conservar a Fé intacta? Existem graves razões de Fé para não se aceitar a Missa Nova.
A Igreja condenou os erros protestantes. Definiu, com infalibilidade, dogmas de Fé sobre a presença real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia, sobre o Sacerdócio Hierárquico distinto do dos simples fiéis, sobre o Santo Sacrifício da Missa.
O Sacrossanto Concílio de Trento condenou aqueles que dizem que Missa deve ser celebrada só em vernáculo (no caso do Brasil, em português): “Ainda que a Missa contenha um grande ensinamento para o povo fiel, todavia não pareceu bom aos Padres do Concílio que ela seja celebrada em língua vulgar […] o Santo Concílio ordena aos pastores e a todos aqueles que têm cura de almas a darem explicações frequentemente, durante a celebração das Missas, por si próprios ou por meio de outros, à partir dos textos lidos na Missa e, dentre outros, esclarecer o mistério desse sacrifício, sobretudo nos domingos e dias de festa” (Concílio de Trento, sessão XXII, cap. 8) O Concílio de Trento e o Papa Pio VII reprovaram os que querem que a Congregação seja em voz alta
O Papa Pio XII reprovou o altar em forma de mesa: “Separar o Tabernáculo do Altar é equivalente a separar duas coisas, as quais, por sua verdadeira natureza, devem permanecer juntas” (Alocução do Congresso Litúrgico Internacional- Assis-Roma, setembro 18-23,1956) Ora, na Missa Nova, os eros que a Igreja nos ensinou a reprovar agora são tidos como certos e aprovados. E mais: os dogmas de fé acima citados, não são mais tão explícitos como são na Missa tradicional, e isso é tão evidente que os protestantes, que jamais toleraram a Missa tradicional (Lutero, mesmo, a chamava de abominável e sacrílega), afirmaram que, com a Missa Nova, teologicamente é possível que eles celebrem a sua ceia com as mesmas orações da liturgia reformada da Igreja Católica (cf. Max Thurian, La Croix, 30/5/1969). Não é sintomático?! Será que podemos conservar a fé e agradar a Deus, oferecendo-lhe um culto assim, ambíguo, que agrada também aos Seus inimigos, e fazer deste culto o centro de nossa vida, como deve ser a Santa Missa?
Pode uma autoridade, por suprema que seja, nos impor algo que é contra a nossa Fé e que é ofensivo a Deus, Nosso Senhor?
Eis o dilema para todo bom católico: ou sacrificar a Fé e a Tradição em nome da obediência, ou manter-se firme na Fé e na Tradição, obedecendo ao que foi sempre ensinado pela Santa Igreja, e por isso ser taxado de rebelde e de desobediente!
São Paulo já nos advertiu: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie um Evangelho diferente daquele que vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gal. 1,8) Não se trata de desobediência ou de rebeldia. Trata-se de fidelidade e lealdade à Fé do nosso Batismo, e, portanto, à cátedra de Pedro e à Santa Igreja. Pode-se cair em heresia ou favorecer a ela por palavras ou por atos. E os hereges sempre procuraram manifestar na liturgia os seus erros. Assim, por exemplo, no tempo da heresia monofisita, que negava as duas naturezas em Jesus Cristo, os hereges, quando celebravam a Missa, não colocavam a gota de água no vinho no ofertório, porque isto significa também a natureza humana de Cristo unida à natureza divina. Se um padre, naquela época, celebrasse a Missa assim, estaria fazendo, por este simples gesto, uma profissão de fé herética, terrivelmente ofensiva a Deus. E nenhuma autoridade poderia obrigá-lo a tal, porque era uma questão de fé. 
O Papa Leão XIII afirmou em sua encíclica Satis Cognitum: “Nada poderia ser mais perigoso que estes hereges que, conservando em tudo o mais a integridade da doutrina, por uma só palavra, como por uma só gota de veneno, corrompem a pureza e a simplicidade da Fé que nósrecebemos da Tradição de Nosso Senhor e, depois, dos Apóstolos.” A obediência é uma virtude moral, inferior à Fé, que é uma virtude teologal. A obediência está condicionada à Fé. A Fé não tem limites. A obediência os tem. Obedecer é fazer a vontade de Deus, expressa na vontade dos superiores representantes de Deus. Mas se a ordem dos superiores se revela em contradição com a vontade de Deus, então vale aplicar a frase de São Pedro: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens” (Atos, 5,29). Assim, o quarto Mandamento manda ao filho obedecer aos pais. Mas se o pai lhe manda algo contra a vontade de Deus, o filho não deve fazer o que o pai lhe ordena, e peca se o fizer.

3ª Objeção: O Papa, apesar de não empenhar neste caso a sua infalibilidade, não poderia errar em matéria tão grave.
Os que afirmam que o Papa, fora do campo da infalibilidade, não pode errar, apesar de ser matéria muito grave, estão afirmando mais do que o próprio Concílio Vaticano I afirmou, mais do que o Papa Pio IX definiu. Estão querendo, segundo disse alguém, saber mais do que o Papa, ser mais católicos que o Papa. Pois se o Concílio definiu os contornos dentro dos quais não há possibilidade de erro, querer ampliar por conta própria estes contornos, é querer saber mais do que o Papa e a Igreja.
Aliás, isso seria contraditório com a história da Igreja. 
Por exemplo, o Papa Honório I, em matéria muito grave e que interessava à Igreja toda, pois era uma decisão em assunto de heresia, ao dar uma ordem, falhou e foi anatematizado por um Papa posterior, porque favoreceu a heresia.
Portanto, nas coisas em que o Papa não é infalível, ele normalmente não erra, mas pode errar. Qual é o critério que nos ilumina sempre: a Tradição. O que for de acordo com a Tradição da Igreja é certo. O que não for é falso. Foi por esta razão que o Papa Honório foi anatematizado. Eis as palavras de São Leão II, Papa: “Anatematizamos Honório, que não ilustrou esta Igreja Apostólica com a doutrina daTradição apostólica, mas permitiu, por uma traição sacrílega, que fosse maculada a Fé imaculada [...] da Tradição apostólica, que recebera de seus predecessores“. “[...] Não extinguiu, como convinha à sua Autoridade Apostólica, a chama incipiente da heresia, mas afomentou por sua negligência“ (Denz-Sch. 563 e 561).
Do mesmo modo o VI Concílio Ecumênico rejeitou de modo absoluto e execrou como nocivas às almas (sic) as cartas do Papa Honório, por ter “verificado estarem elas em inteiro desacordo” com a Tradição. Eis porque o Concílio Vaticano I definiu: “O Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de São Pedro para que estes, sob a revelação do mesmo, pregassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente o depósito da Fé, ou seja, a revelação herdada dos Apóstolos“. (D. 3070).
“Virgem Mãe de Deus, Maria,
Que sozinha destruístes todas as heresias no mundo inteiro,
Rogai pelo povo, intercedei pelo clero.”
Padre Fernando Arêas Rifan
Ex-diretor do Ensino Religioso
Campos-RJ

Christus vincit !!! – Motu Proprio Summorum Pontificum

Por: Orlando Fedeli

Deus seja louvado!!! FAZEM 8 ANOS.
 
AMANHECEU!!!
Deus amanhece devagar. 
Mas, afinal, amanheceu!
O Papa Bento XVI liberou a Missa de sempre!!!
O Papa a fez ressurgir do túmulo em que a haviam sepultado!

 
Aquilo que era esperado há tanto tempo, finalmente aconteceu. 
42 anos após o Concílio Vaticano II, depois de 38 anos da Missa Nova de Paulo VI, o Papa Bento XVI liberou a Missa de sempre dos entraves que a má vontade de certos Bispos modernistas lhe opusera. Má vontade, porque a Missa de sempre nunca foi revogada e nem proibida.

Já não é mais possível aos Bispos modernistas não permitirem que se reze a Missa que a Igreja celebrou praticamente durante quase dois milênios, a Missa de tantos santos. A chamada Missa de São Pio V, em latim, — a língua da Igreja –, pode ser rezada sem empecilho, por qualquer padre que deseje rezá-la. Sem ter necessidade de pedir licença ao Bispo, pois a Liturgia está acimaum decreto papal não pode ser entravado por um Bispo católico.

Essa Missa de sempre, que tão perfeitamente exprime o dogma da Fé na presença real de Cristo sob as espécies consagradas, e que tão bem se opõe à heresia protestante e ao antropocentrismo, volta a ser rezada para Deus, e não para o homem, num altar, e não numa simples mesa.

Volta a ser dada a Deus a glória devida. 
Retorna das catacumbas modernas a Missa de sempre. Retorna a ser oferecido dignamente — sem a malfadada criatividade clownesca intolerável — a Deus Pai o sacrifício propiciatório de Cristo, a renovação do sacrifício do Calvário. 

O que o sonho de Dom Bosco profetizara aconteceu: um Papa trouxe de volta a nave da Igreja — “que fazia água por todos os lados”, como disse certa vez o Cardeal Ratzinger — amarrando com um Motu Proprio a nave da Igreja à coluna da Hóstia consagrada.
Com um Motu Proprio! 
O que salienta o poder soberano do Papa!
     
O que a visão do Terceiro Segredo de Fátima anunciara, que um Bispo vestido de branco sairia da cidade arruinada e subiria a montanha encimada pela Cruz, agora começa a ser realizado!

42 anos os fiéis católicos viveram no deserto, tendo que suportar a dor imensa das profanações nas Missas-show, para agora voltarem a assistir nas Catedrais, nas igrejas, e nas humildes capelas, de novo, o sacerdote subir ao altar dizendo: “Introibo ad altare Dei”. E o povo fiel lhe responder: “Ad Deum qui laetificat juventutem meam”.
Sim, até o Deus que alegra a juventude perene da Igreja, no perene sacrifício da Missa. E sabe-se que Bento XVI quer decretar uma reforma da Missa Nova para acabar de vez com os abusos, que levaram a Liturgia ao limite do suportável. Ou do insuportável.

Vão acabar, sim, as Missas rock, as missas com moçoilas dançantes com vestes diminutas ou transparentes, exibindo-se sensualmente ante o Calvário, essas missas com sambas e rocks, cuícas e baterias, essas missas de sacerdotes com rosto pintado como palhaços de circo, essas Missas vão acabar. 
Como o sol faz fugir as trevas — é questão de tempo apenas — a Missa de sempre, de novo, irá iluminar a Igreja com o Sol da Verdade, Cristo Deus. Ela vai iluminar as almas fazendo rebrilhar nelas, de novo, a luz da Fé. 

Acabou a Missa de oxum do Padre Pinto. Acabou a missa com baldes de água jogados sobre os fiéis! Acabou a missa da cristoteca! E o que mais impressiona é que esse retorno foi patrocinado por um Papa que foi, outrora, um perito do Concílio Vaticano II.

Não foi um Papa tradicionalista que fez a Missa de sempre retornar às Catedrais. Não foi um discípulo de São Pio X que realizou esse milagre. Foi um ex-defensor do Concílio Vaticano II e que o definiu, outrora, como um anti Syllabus.
Digitus Dei est hic!
A ação de Deus está nesse fato.
Foi Deus quem fez isso.
 
Bendito seja Deus que faz renascer o Sol!
Bendito seja Deus que faz renascer a Fé!
Bendito seja Deus que faz retornar a Santa Igreja à coluna da Hóstia consagrada!
     
Bendito seja Cristo Deus, em seu Vigário na Terra, o Papa Bento XVI. Dominus conservet eum. Deus o santifique e lhe dê forças contra os inimigos do Altíssimo. Que Deus lhe dê a força necessária para enfrentar os lobos vorazes, que falam melifluamente, enquanto estraçalham as almas.

Deus o faça vitorioso!
Benedictus qui venit in nomine Domini
A Missa de sempre voltou!
Aquela que se dizia morta está viva!     
A Igreja ostenta ainda as marcas de sua paixão de 42 anos. Mas a Igreja está viva e triunfante com a Missa que retorna, nesse novo amanhecer da Igreja. As trevas estão se dissipando. É a aurora que renasce no horizonte da História da Santa Igreja.

Amanhece na Igreja.
Os sinos estão tocando na Igreja. Em Roma. Os sinos repicam de alegria nas almas fiéis.
Amanhece!

Salve festa dies. 
Toto mirabilis evo,
Quod Deus infernum vicit
Ed astra tenet

Bendito seja Deus no Papa Benedictus XVI !!!
Amanhece. 
Cristo mais uma vez venceu!
Amanhece!!!
A noite não era eterna.
O sino está tocando. 
A Missa vai começar. 
Como sempre. 
     
Não se ouvem já os doces nêumas do canto gregoriano subindo como incenso perfumado ao céu?

É a Igreja que canta!
Acabou-se o rock profanador!
Introibo ad altare Dei!
Ad Deum qui laetificat juventutem meam, torna a cantar a Igreja sempre jovem.

Só Deus é eterno. Só a Santa Igreja Católica Apostólica Romana é invencível. Imperecível. Indestrutível. Santa e santificadora.

Só ela, como Cristo, pode suportar uma paixão tão sangrenta como a destes 42 anos de profanações, e ressurgir viva e triunfante do túmulo em que a morte pensava ter vencido a Vida e imposto a mentira.

Não se nos pergunte mais: “Onde está o Senhor? Para onde levaram o seu Corpo?”
Ele está lá. No sacrário silencioso.
Ele esta lá. Na hóstia consagrada. 
Ele está lá. 
Na Igreja.
Como sempre.

Amanhece!!!
Viva o Papa!!!    
AMANHECEU!!!
     
A certeza da Fé não nos enganou: o dia ia renascer!

AMANHECEU!!!
Bento XVI liberou a Missa dos entraves do túmulo modernista!
Viva Dom Marcel Lefebvre que foi o grande arauto dessa vitória!!!
Viva Dom Mayer, paladino da Fé !!!


Finalmente amanheceu!!!
Christus vincit!!!
Christus regnat!!!
Christus imperat!!!
Viva! Viva! Viva o Papa!!!

AMANHECEU!!!
AMANHECEU!!!
AMANHECEU!!!
Viva o Papa!!!

domingo, 5 de julho de 2015

Em primeiro discurso como Papa emérito, Bento XVI fala da música.

2015-07-04 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Pela primeira vez desde que se tornou Papa emérito, em 28 de fevereiro de 2013, a voz de Bento XVI voltou a ser registrada oficialmente pela Rádio Vaticano, neste sábado (04/7).
Bento XVI agradeceu, na Residência Pontifícia de Castel Gandolfo, ao Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanisław Dziwisz, que lhe conferiu dois títulos de Doutorado “honoris Causa” em nome dos reitores da Academia Musical de Cracóvia e da Pontifícia Universidade João Paulo II, instituída por Bento XVI em 19 de junho de 2009.
Esta condecoração, disse o Cardeal Dziwisz, “representa a gratidão destas duas instituições pela grande estima que Bento XVI sempre nutriu para com São João Paulo II. Em segundo lugar, pelo seu serviço Pontifício e pela grande herança da sua doutrina e benevolência”.
Papa emérito lembra São João Paulo II
Por sua vez, o Papa emérito expressou seu vivo apreço e reconhecimento pela Condecoração a ele conferida, que reforça  sua profunda ligação com a Polônia, pátria do grande santo João Paulo II, do qual foi íntimo colaboração por longos anos e sobre o qual disse: “Sem ele, o meu caminho espiritual e teológico nem pode ser imaginado. Com o seu exemplo vivo, ele nos ensinou que a alegria da grande música sacra pode caminhar de mãos dadas com a participação comum da sacra liturgia, como também a alegria solene e a simplicidade da humilde celebração da fé”.
A música para Bento XVI
Aqui, Bento XVI perguntou: “O que é, enfim, a música? De onde provém e para onde leva?” E respondeu focalizando três fontes da música: a experiência do amor, a experiência da tristeza e o encontro com o divino. A poesia, o canto e a música nasceram da dimensão do amor, de uma nova dimensão da vida e de um toque amoroso de Deus. E acrescentou: “A qualidade da música depende da pureza e da grandeza do encontro com o divino, com a experiência do amor e da dor. Quanto mais esta experiência for pura e verdadeira, tanto mais pura e grande será a música, que dela nasce e se desenvolve”.
Falando de sua experiência pessoal, o Papa emérito afirmou que “no âmbito das culturas e das religiões mais diferentes encontramos uma grande arquitetura, pinturas e esculturas, mas também uma grande música. Contudo, em nenhum outro âmbito cultural há uma grandeza musical que possa se comparada com aquela nascida no âmbito da fé.
Música e Igreja
A música ocidental, explicou Bento XVI, é uma coisa única e incomparável com outras culturas, e apresentou como exemplo, Bach, Händel, Mozart, Beethoven, Bruckner: “A música ocidental supera sobremaneira o âmbito religioso e eclesial. Todavia, ela encontra a sua fonte mais profunda na liturgia e no encontro com Deus. A resposta da grande e pura música ocidental desenvolveu-se no encontro com Deus, que, na liturgia, se torna presente em Jesus Cristo”.
Bento XVI concluiu seu pronunciamento dizendo que “as duas universidades, que lhe conferiram este Doutorado “honoris causa” representa uma contribuição essencial, para que o grande dom da música, que provém da tradição da fé, não se dissipe”. (MT) 

Possível milagre em Santos pode levar à canonização de Madre Teresa.

Homem em estágio terminal foi curado após rezar para beata em dezembro de 2008


A cura de um homem que estava em fase terminal em Santos, em dezembro de 2008, pode levar à canonização de Madre Teresa de Calcutá por parte da Igreja Católica. O caso é estudado pelo Vaticano, que enviou autoridades à cidade, em junho, para analisar os fatos.

Os sacerdotes da Cúria Romana ouviram o depoimento de 14 testemunhas, entre familiares, amigos e médicos. Um documento com 2 mil páginas com o caso foi enviado ao Vaticano.

“Todo mundo quer ver Madre Teresa de Calcutá nos altares. Ela já é bem-aventurada, mas querem vê-la como santa porque ela já era uma santa em vida”, disse o padre doutor Caetano Rizzi, Vigário Judicial da Diocese de Santos e que chegou a conhecer a beata.

Madre Teresa foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em 2003. Desde então, havia a procura pelo segundo milagre da bem-aventurada, que poderia levá-la a canonização.

A Santa Sé ordenou que o nome do homem, do hospital em que ele esteve ou do médico que o tratou não fossem revelados para evitar vazamento de informações.

Caso

De acordo com Rizzi, o paciente havia passado por um transplante de rim, há 20 anos, e desde então convivia com convulsões e dores de cabeça constantes. “Ele passou por vários médicos e exames. Acabou sendo diagnosticado com hidrocefalia e oito abcessos no cérebro. Ele foi levado ao hospital em estado terminal e para o centro cirúrgico, para procedimento”.

O primeiro a ter contato com o homem foi o padre Elmiran Ferreira, coordenador diocesano de Pastoral, que celebra missas na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em São Vicente. Lá, ele teve conhecimento do caso e conversava com a família do paciente, que não morava mais na região.

“Uma pessoa da família chegou aflita, desesperada, exatamente no dia em que ele foi para a UTI. Ao final da conversa eu entreguei um santinho de Madre Teresa para ela, falei para continuar rezando e confiando na graça de Deus e para pedirmos pela interseção da Madre Tereza de Calcutá”.

A pessoa colocou o santinho ao lado da cama do homem. O padre Elmiran Ferreira foi até o hospital administrar a Unção dos Enfermos. “Ele não me reconhecia mais, não lembrava o próprio nome”.

Apesar de o paciente ter sido levado ao centro cirúrgico, o hospital não possuía o essencial para a realização do procedimento. O médico foi telefonar para providenciar os equipamentos e quando retornou o homem havia voltado a si. “O médico, então, o transferiu para a UTI para ficar em observação e marcou a cirurgia para o dia seguinte. Mas, quando foi o outro dia, o paciente já estava tomando café no quarto, sozinho”.

Segundo o padre doutor, o possível milagre teve uma continuação. O homem, que havia sido considerado estéril por causa dos medicamentos que tomava se tornou pai de dois filhos. “Hoje ele está totalmente curado. Ele trabalha normalmente, fez concurso público federal e tirou o primeiro lugar no Brasil. Se locomove no trânsito maluco da cidade onde ele mora com autonomia. Tornou-se pai quando era considerado estéril. O milagre tem sua extensão”.

Próximos passos

O processo tramita rapidamente por uma vontade particular do Papa. Ele teve ciência do caso após a visita realizada ao Rio de Janeiro, em julho de 2013.

Agora, os documentos serão encaminhados aos peritos médicos nomeados pelo Vaticano que irão dar um parecer e encaminhar para a equipe dos teólogos do Vaticano. Eles vão estudar se houve algum erro de doutrina nos depoimentos. Na sequência, o processo vai para a comissão dos cardeais e bispos responsáveis. Eles estudam tudo, dão um parecer e encaminham ao Santo Padre.

O Papa convoca uma assembleia pública de cardeais e bispos, chamada de Consistório Público, onde o Papa, a pedido do postulador, aceita e marca a data da canonização. No fim, em um dia público, para o mundo, na Praça de São Pedro, acontece a canonização.

“Nós queremos ter a alegria de poder participar de mais uma santa que escolhe Santos para fazer seu milagre, como foi santa Josefina Bakhita, no dia 1º de outubro de 2000”, comentou Rizzi.

Por fim, o padre doutor falou sobre a importância dos santos. “Os santos são para isso. Nossos intercessores para manifestar a glória de Deus”.