segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Padre Rodrigo Maria fala.

Em resposta a leitora de Fratres in Unum.com, Padre Rodrigo Maria esclarece sua situação canônica, bem como sua posição junto às obras religiosas Arca de Maria e Opus Cordis Mariae.
Caríssima Maria, não costumo responder a comentários na internet, mas acredito que é oportuno responder às perguntas que você fez a fim de esclarecer também a outras pessoas que possam ter as mesmas dúvidas. Desde já agradeço a oportunidade.
“O Padre Rodrigo pode não ser o superior, mas tudo nessa Fraternidade tem a característica dele”
R- Fui fundador da Fraternidade Arca de Maria, comunidade à qual pertenceu boa parte daqueles que hoje compõe a OPUS CORDIS MARIAE. Alguns deles, que são hoje dirigentes da nova Fraternidade, estiveram comigo por mais de 10 anos, sendo formados por mim. Portanto, é natural que reflitam a formação que receberam, mas não apenas isso: a OPUS CORDIS MARIAE foi fundada pelos irmãos e irmãs que hoje estão à frente da mesma, com a devida orientação e apoio da autoridade eclesiástica, a fim de viverem o carisma que me foi inspirado, da maneira como foi inspirado e aprovado pela Igreja. O bispo que orientou toda fundação da OPUS CORDIS MARIAE (Dom Rogelio Livieres) discerniu que o carisma que aqueles irmãos e irmãs haviam abraçado era autêntico e justificava a fundação de uma nova fraternidade com o propósito de vivê-lo, o que realmente foi feito após Dom Livieres consultar Roma (Congregação dos Religiosos) e obter o voto favorável para a dita fundação. Sendo assim, é muito natural que se encontrem neles muitos elementos da formação que eles receberam. São jovens bons que amam a Igreja e querem ser santos. Refletem Maria a quem são consagrados e de quem são Apóstolos.
“Por que ele teve que sair da Arca?”
R- Eu não tive que sair, mas sim fui afastado. O pretexto dado para o meu afastamento foi que minha presença na Fraternidade atrapalhava a Visita Apostólica que estava sendo realizada. Foi determinado pela Congregação dos Religiosos que eu não poderia ter contato com os membros até o fim da visita, a qual terminou em novembro de 2014. Nenhuma outra razão foi alegada para o meu afastamento, embora de modo oficioso autoridades e colaboradores(as) das mesmas, disseminaram, de maneira leviana, as mais pérfidas acusações a meu respeito… Mas, para se compreender o que realmente aconteceu é preciso compreender a atual situação da Igreja que possui hoje em seu quadro dirigente muitos senhores que têm por programa combater e neutralizar todas as pessoas e movimentos que são considerados conservadores e que, de certo modo, representam um ”modelo de Igreja” que eles querem ver sepultado. Todos os que não se adequam ao relativismo revolucionário reinante e ousam pregar a imutável doutrina católica estão debaixo de perseguição.
Não possuo nenhum vínculo jurídico com a OPUS CORDIS MARIAE. Os ajudei enquanto estive no Paraguai, mas saí daí já fazem quatro meses e onde vivo não há casas dessa comunidade, assim como não vive aí nenhum de seus religiosos.
Quem quiser saber a história dessa nova Fraternidade deve se dirigir diretamente a eles, pois poderão falar por eles mesmos.
”Porque foi suspenso? Qual foi o engano?”
R- Como bem disse um bispo amigo: “O nome disso é perseguição”… fui acusado de desobediência e sofri um ”processo” administrativo por conta dessa acusação. O processo foi feito por um Vigário Geral, que aproveitou-se da ocasião de confusão em Ciudad del Este e quis, como se diz: ”jogar para a galera”, lançando-me na fogueira em um momento em que muitos queriam (e querem) minha cabeça (infelizmente, a Igreja está cheia desse tipo de gente sórdida que se presta a esse tipo de serviço sujo com os olhos em alguma vantagem pessoal ou promoção)… o tal ”processo” durou duas horas. O afã em querer prejudicar e de dar satisfação aos perseguidores foi tão grande que fez com que o promotor do “processo”, ancorado no poder que possuía naquele momento, perdesse todo senso de justiça e também do ridículo, de modo que o ”processo” foi todo viciado e completamente fora das normas do Direto Canônico. A saber:
A- Fui avisado do “processo” apenas um dia antes de comparecer em juízo;
B- O mesmo Vigário Geral que foi o acusador no “processo” foi também o fiscal e o juiz do mesmo “processo”;
C- O “processo” durou exatamente duas horas;
D- Não foram apresentadas provas conclusivas de NADA;
E- Não me foi dado o direito de constituir defesa;
F- Não me foi dada a oportunidade de falar com o bispo (como manda o Direito Canônico), com quem tive sempre ótimo relacionamento, para esclarecer o que se estava chamando de desobediência, pois todas as coisas das quais fui acusado de fazer em “desobediência” na verdade eu possuía a autorização do bispo para fazê-las…mas… não tinha passado pelo Vigário Geral…;
G- A sentença fulminante que foi dada expressa toda a fúria persecutória daquele que moveu o “processo”: mesmo sendo um “processo” ADMINISTRATIVO, aplicou-se indevidamente, uma das mais duras penas de um processo PENAL: a proibição de celebrar pública ou privadamente, na diocese ou fora dela qualquer sacramento ou sacramental…;
O então Vigário Geral, que fez esse ”processo” infame, me acusou de desobediência por eu ter ido três vezes ao Brasil (sendo duas para completar um tratamento dentário e uma para visitar meu pai que estava gravemente enfermo), por estar fazendo os Hangouts na internet (pois segundo ele, era apostolado fora da diocese, uma vez que pessoas de fora da diocese o assistiam!…), por dar assistência ou falar com ex-membros da Arca de Maria, entres outras coisas do mesmo porte…o que é necessário se saber é que: TODAS essas minhas ações foram permitidas pelo meu bispo, o que torna falsa e caluniosa a acusação de desobediência… é evidente que esclareci tudo isso durante as duas horas que durou o processo, mas não foram aceitas minhas alegações…prevalecendo o desejo de destruição a minha pessoa por parte do detrator, o que levou a aplicação da pena sem que se fossem apresentadas provas e sem que houvesse o direito a defesa, passando-se assim por cima de todas as prerrogativas do Direito.
O tal Vigário Geral chegou a tal grau de sordidez que acusou-me de ter inventado uma doença para meu pai a fim de “dar voltas por aí”… foi necessário que eu trouxesse os documentos do hospital e do médico que assistiu meu pai durante o período que ele esteve na U.T.I…
Aconteceu que no próprio decreto de punição me era dado o prazo de 10 dias para recorrer, o que assistido por excelente advogado canônico, foi feito em tempo hábil. Embora houvesse tentado muito, não consegui ter acesso direto ao bispo. Quem conseguiu protocolar minha defesa e entregar cópia da mesma ao bispo que estava saindo de viagem para Roma foi o anterior Vigário Geral, muito próximo do bispo e superior de comunidade daquele que era então o Vigário Geral. Quando o bispo (Dom Rogelio Livieres) se inteirou do que realmente estava acontecendo, procurou corrigir o erro e restabelecer a justiça. Ocorreu, porém, que, em Roma, o bispo foi deposto e quando voltou não tinha mais autoridade para fazê-lo, embora tenha realmente tentado. Entretanto, Dom Livieres, mesmo deposto, escreveu ao bispo que o sucedeu no governo da diocese pedindo ao mesmo que aceitasse o meu recurso e corrigisse aquela situação. De fato, um mês depois, o decreto de suspensão foi revogado por outro decreto que me restituía parcialmente o uso de ordens, sendo que o restante foi sendo dado aos poucos, até que pude ministrar todos os sacramentos, mas permanecendo a restrição de, fora da diocese de Ciudad del Este, fazê-lo apenas privadamente. Aconteceu que, em janeiro de 2015, apresentei o pedido formal para deixar a diocese de Ciudad del Este, o que me foi concedido de forma escrita em abril desde ano. Tendo sido acordado que o bispo que me acolhesse me daria uso pleno de ordens, o que de fato aconteceu, sendo essa minha situação atual. Talvez seja útil dizer que possuo a documentação escrita do que acima está afirmado.
“Por que falar mal do bispo? Por que não obedecer?”
As perguntas acima estão mal formuladas, pois já contêm acusações antes de buscar os devidos esclarecimentos. Em se tratando do bispo de Limeira, o que se viu foi a reação de algumas pessoas que conhecendo de perto a realidade, responderam às falsas, graves e caluniosas acusações que o mesmo fez a meu respeito assim como a toda uma Fraternidade, no caso a OPUS CORDIS MARIAE.
Possuir um cargo na Igreja não é salvo conduto para caluniar e difamar ninguém, antes a nobreza da função impõe a necessidade de uma muito maior vigilância e prudência nas atitudes. Jamais deve ser tida como atitude de humildade o calar-se diante de injustiças gritantes, ainda que vinda do alto, de nossas autoridades que deveriam ser mais coerentes e empenhadas de dar exemplo da caridade e amor ao próximo que tanto apregoam.
O que vossa excelência fez foi verdadeiramente grave e deve sim ser corrigido e reparado.
Quanto à obediência, sou eu que agora pergunto: em que o bispo foi desobedecido?… As acusações que o mesmo fez foram totalmente gratuitas, não encontrando nenhum respaldo na realidade. Me informei diretamente com os que foram acusados e eles afirmaram que nenhum irmão jamais celebrou ou tentou celebrar naquela diocese, que não receberam bens, nem mesmo proposta de doação de nenhuma pessoa ou família ali, que não foram a Descalvado-SP e não têm ou tiveram nenhuma vocação dali… de onde o sr. bispo retirou essas informações? Gostaríamos também de saber… e o que é muito mais grave: afirmar que essa Fraternidade não tem comunhão com a Igreja (sic!), quando a mesma nasceu orientada e aprovada por um bispo da Igreja e possui aprovação canônica de seus seus estatutos, modo de vida e mesmo das orações…essa atitude foi realmente muito leviana, pois a afirmação é falsa e portanto caluniosa, especialmente por ser ele um bispo da santa Igreja.
As pessoas e instituições têm o direito ao bom nome, e cabe a quem acusa provar tudo quanto diz, sob a pena de justamente ser classificado como leviano, difamador e caluniador.
E para os pretensos ”humildes” ou ”incondicionalmente obedientes” que pensam agradar a Deus apoiando o erro de uma pessoa pelo simples fato de ser uma autoridade, respondo com Pio XII: “A verdade é uma barreira que nem mesmo a ‘caridade’ pode transpor” . Realmente, é preciso muito mais humildade para suportar a perseguição e a execração do que para se submeter ao capricho de algumas autoridades a fim de salvar a própria pele.
Devemos amar as pessoas e não os erros que elas cometem.
Desejo de todo coração que a normalidade se restabeleça e que nossas autoridades compreendam que o respeito e obediência que lhe devemos não implicam em concordar ou apoiar seus erros e mazelas. Não apenas os fiéis, mas também os padres e bispos devem obedecer ao Evangelho e à Santa Igreja.
O perdão cabe a todos os que se arrependem. Que celebremos nossa unidade, na Verdade e Caridade de Cristo.

Pe. Rodrigo Maria, escravo inútil da Santíssima Virgem

Superior da “Opus Cordis Mariae” responde a bispo de Limeira.

BRASÍLIA, 01 DE AGOSTO DE 2015.

A V. EX.MA REV.MA, DOM VILSON DIAS DE OLIVEIRA, BISPO DIOCESANO DE LIMEIRA, SP.
Estando passando breves dias na casa de meus pais em Brasília, chegou a meu conhecimento um comunicado que vossa excelência teria feito a vosso clero e ao povo de vossa diocese prevenido-os contra nossa fraternidade, a OPUS CORDIS MARIAE, bem como desqualificando o reverendíssimo Pe. Rodrigo Maria. A bem da verdade e da justiça venho esclarecer a vossa excelência e quem se interessar o quanto se segue:
01- A Fraternidade OPUS CORDIS MARIAE é uma Associação Privada de Fiéis. Tendo nascido na Igreja, com a devida orientação e aprovação do bispo diocesano de Ciudad del Este;
02- Os Estatutos, modo de vida e orações foram aprovados formalmente em 25 de Março de 2015 pelo ordinário do Vicariato Apostólico de Mitú, Colômbia, onde a OPUS CORDIS MARIAE possui duas casas de missão nas quais residem os superiores Gerais das comunidades masculina e feminina;
03- A fundação da OPUS CORDIS MARIAE foi feita por um grupo de irmãos e irmãs com a orientação do bispo diocesano;
04- O rev. Pe. Rodrigo Maria não é fundador nem co-fundador da OPUS CORDIS MARIAE, não possui nenhum vínculo jurídico com a mesma e reside em uma diocese onde não está presente nenhuma casa e nenhum membro de nossa fraternidade;
05- NUNCA , POR NENHUM MOMENTO, estivemos separados da Santa Igreja ou em desobediência com a mesma;
06- Nossos irmãos sacerdotes foram ordenados na Colômbia e aí devidamente incardinados, possuindo pleno uso de ordens e em nada sendo impedidos;
07- NÃO somos ”tradicionalistas”, embora tenhamos grande apreço e zelo pela tradição, pois somos católicos. Celebramos a Santa Missa tanto na forma ordinária como na forma extraordinária do rito latino. Aceitamos o Concílio Vaticano II e estamos debaixo da autoridade de nosso bispo que possui perfeita comunhão com o Santo Padre o Papa;
08- EM NENHUM MOMENTO nossos irmãos celebraram ou tentaram celebrar na diocese de Limeira;
09- NENHUMA pessoa ou família residente em vossa diocese doou bens móveis ou imóveis à nossa Fraternidade e NUNCA tivemos a intenção ou pretensão de atuar ou nos estabelecer em vossa diocese;
Permita-nos manifestar a nossa estranheza e triste surpresa ao recebermos um comunicado de tal teor, vindo de uma autoridade tão eminente. Como foi demostrado o vosso comunicado não corresponde em nada à realidade dos fatos e poderá acabar sendo utilizado como um perigoso instrumento para caluniar e difamar, razão pela qual peço a vossa excelência que da mesma forma que tornou público esse comunicado equivocado a nosso respeito, envie também esse esclarecimento a tantos quantos receberam o primeiro.
Desejando que a normalidade se restabeleça da melhor forma e que possamos celebrar em verdade a Santíssima Eucaristia unidos na mesma fé católica, nos despedimos.
Nos corações de Jesus e Maria,
Ir. Bernardo do Coração Eucarístico de Jesus
Superior Geral da OPUS CORDIS MARIAE

domingo, 2 de agosto de 2015

CARTA DA JOVEM BRUNA CAROLLINE A DOM VILSON DIAS DE OLIVEIRA BISPO DA DIOCESE DE LIMEIRA.

A carta escrita pela jovem é referente a proibição da Comunidade Opus Cordis Mariae na Diocese de Limeira. Que esta aqui: http://catolicosfieisatradicaolimeirasp.blogspot.com.br/2015/08/bispo-de-limeira-dom-vilson-dias-de.html

Excelência Reverendíssima

Dom Vilson.

Venho por meio deste colocar ao senhor minha indignação como cristã referente a atitude do senhor de escrever e espalhar em sua diocese uma carta caluniosa.

O senhor uma autoridade da igreja está levantando falso testemunho contra um sacerdote e contra uma fraternidade composta por irmãs e irmãos na qual 4 já são neo sacerdotes, ordenado por um bispo da igreja católica apostólica romana.

Excelência reverendíssima, minha indignação é como o senhor
um pastor que prega o amor e a caridade ao próximo tem uma atitude totalmente contrária faltando com a caridade e espalhando informações mentirosas.

O Senhor sabe que caluniar o próximo é cair no pecado do oitavo mandamento; "NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO". (Ex 20, 16)

Excelência reverendíssima, eu posso afirmar que o senhor levantou falso testemunho por que eu vi os documentos de aprovação da constituições, orações e modo de vida da comunidade Opus Cordis Mariae, aprovada pelo Dom Medardo, da Colômbia.

E referente ao sacerdote Jean Rogers também tenho conhecimento e copia dos documentos de que ele NÃO está suspenso de ordem. Por tanto o que o senhor está dizendo é crime; Calúnia (art. 138), difamação (art. 139) e injúria (art. 140).
Excelência reverendíssima, agora como ficaram as calúnias que o Senhor levantou?

Pecado público deve-se ser corrigido em público!

Ou nos cristãos teremos que ficar vendo falsos testemunhos dos nossos pastores até quando?

Atenciosamente em Cristo,
A sua benção,

Bruna Carolline.


Nota: Ainda estamos aguardando uma posição de Vossa Excelência o Bispo D. Vilson Dias de Oliveira, lembrando que deixamos nosso canal para ouvir a parte dele.

sábado, 1 de agosto de 2015

BISPO DE LIMEIRA, D. VILSON DIAS DE OLIVEIRA PERSEGUE MAIS UMA VEZ OS CONSERVADORES.

Acolhemos abaixo pedido de publicação, deixando nosso espaço aberto a Sua Excelência Dom Vilson para prestar esclarecimentos.


Nos deparamos nesta última sexta feira, 31 de julho, com um fato emblemático que ilustra perfeita e tristemente a ação demolidora contra pessoas, valores e movimentos considerados conservadores.
O bispo de Limeira emitiu um comunicado advertindo o seu clero e fiéis contra a jovem Fraternidade OPUS CORDIS MARIAE a quem ele acusa de estarem separados da Igreja, além de atribuir à mesma Fraternidade a intenção de construir e atuar em sua diocese sem seu consentimento. Ataca também gratuitamente o rev. Pe. Rodrigo Maria.

Ocorre esclarecer, a quem se interessar pela verdade, que a OPUS CORDIS MARIAE é uma fraternidade iniciada no Paraguay com o apoio e orientação do então bispo diocesano Dom Rogélio Livieres. Formada por jovens de diferentes nacionalidades, contou desde seu início com a aprovação da Igreja. Em 25 de março de 2015 obteve também a aprovação de seus estatutos por parte de Dom Medardo, bispo colombiano que se tornou o responsável canônico pela Fraternidade, ordenando e incardinando seus primeiros sacerdotes, dessa nova obra que já contra com mais de 90 membros entre religiosos e religiosas, presentes em 5 dioceses de 3 diferentes países.

Por que Dom Vilson, bispo de Limeira se deu ao trabalho de esparramar calúnias afirmado que esta Fraternidade não tem comunhão com a Igreja? Qual é o interesse em destruir a imagem desta jovem e promissora Fraternidade, repleta de jovens que amam a Santa Igreja e que tudo deixaram para servi-la? Qual a intenção de disseminar calúnias a respeito do rev. Pe. Rodrigo Maria?

O que é que certo é que, tanto o reverendo sacerdote, quanto os membros da OPUS CORDIS MARIAE são católicos, em plena comunhão com a Santa Igreja, que não apenas possuem uma fé católica, mas não têm medo de anunciá-la, razão pela qual encontram oposição naqueles que não aceitam a doutrina católica de maneira integral.

Dom Vilson assim como muitos outros bispos e sacerdotes possuem o discurso fácil de amor ao próximo, de acolhimento, de aceitação das diferenças, etc., mas demostram total incoerência ao caluniar, difamar, ridicularizar e destruir moralmente seus irmãos. Sem dúvida que nós leigos devemos ter todo respeito e reverência à autoridade constituída, mas isso não exime a autoridade constituída de respeitar os leigos e demais religiosos!

É o caso de perguntar a vossa excelência: Como é possível alguém que tem atitude como a vossa subir o altar para celebrar a SS Eucaristia, sinal máximo da comunhão com Deus e o próximo?
Ao invés de vermos bispos abusando de sua autoridade para combaterem a piedade e perseguirem aos que se esforçam por serem realmente católicos, gostaríamos de vê-los usando sua autoridade para acabar com os inúmeros ABUSOS LITÚRGICOS que pululam em nossas comunidades. Quereríamos vê-los REMOVENDO A MAÇONARIA E OS MAÇONS QUE OCUPAM CARGOS e dominam as catequeses em muitas de nossas paróquias. Desejamos muitíssimo sim, que essa autoridade fosse usada para instruir os católicos e sacerdotes para que não continuassem a apoiar e votar em partidos comunistas, abortistas e gaysistas como o PT.

Por que não alertam o povo católico contra os falsos profetas das seitas protestantes que exploram o povo pobre, contra o espiritismo que afasta da verdadeira fé, contra os padres verdadeiramente hereges como Leonardo Boff e CIA?
Esperamos que vossa Excelência tenha hombridade suficiente para reconhecer o seu erro e se retratar publicamente, uma vez que público foi seu ato de calúnia e difamação, conforme comprova a imagem em anexo da carta escrito pelo senhor.

É necessário que nós católicos reajamos contra esse tipo de perseguição e compreendamos que o respeito e obediência a legítima autoridade não implicam em omissão da verdade e cumplicidade com a injustiça. Nossa omissão e covardia diante de fatos como esses é que tornam os revolucionários sempre mais ousados no combate à piedade dos fieis e na perseguição aos bons sacerdotes e movimentos que ainda são referência e apoio a muitos de nós.

IGREJA MILITANTE, DENUNCIE!!!
COBRE RESPEITO E COERÊNCIA AO BISPO DE LIMEIRA!!
Enviem mensagens para o seguinte endereço:

curia@diocesedelimeira.org.br

Ou telefone para:
- (19) 3441-5329.

A Aliança da Santa Cruz agradece a todos os irmãos que se unirem a nós, em caridade, pela defesa da justiça e da moral cristã.

Por:Adriana Araujo.
Diretora de Comunicação/Aliança da Santa Cruz- Brasil.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Precisamos falar sobre o ABORTO.

CHOCANTE: doutora da indústria do aborto é pega negociando partes de bebês abortados.

Mais um escândalo surge no meio abortista americano. A médica Deborah Nucatola, Diretora Sênior de Serviços Médicos do conglomerado abortista Planned Parenthood, foi filmada em uma conversa para lá de natural falando sobre o mercado de tecidos humanos fetais. Isso mesmo, uma das chefes da maior empresa abortista dos EUA contou tudo sobre como funciona seu modelo de negócios: realizar aborto para separar partes dos bebês para venda.
Esse conjunto de clínicas abortistas forma uma fazenda de seres humanos, onde há preferências e consumidores ávidos a ter a melhor parte de um bebê.
(…)“I’d say a lot of people want liver. And for that reason, most providers will do this case under ultrasound guidance, so they’ll know where they’re putting their forceps. The kind of rate-limiting step of the procedure is calvarium. Calvarium—the head—is basically the biggest part.”
(…) Eu diria que muitas pessoas querem fígado. E por causa disso, muitos fornecedoresrealizarão os procedimentos com o auxílio de um ultrassom, para que eles saibam ondecolocar o fórceps. Um fator limitador do procedimento é o calvariumCalvarium – a cabeça – é basicamente a parte maior.”
São frases tenebrosas, contadas de um jeito tão natural quanto falar sobre o jogo de futebol do domingo.
No final a média ainda menciona que propôs para a empresa criar um menu dos serviços e oferecer para os clientes. Os serviços, claro, são as partes retiradas dos bebês abortados.
Confira no vídeo:

Fonte do vídeo: LifeSiteNews

sábado, 11 de julho de 2015

França: Número de ordenações sacerdotais diminuiu esse ano.

Le Figaro de 07 de julho de 2015, relata que "o número de padres ordenados na França nunca foi tão baixo." Na verdade, Conferência da França Episcopal anuncia 68 ordenações de sacerdotes diocesanos em 2015, contra 82 no ano passado. Se os 52 ordenações somarmos sacerdotes religiosos, 120 sacerdotes (diocesanos e religiosos) que são ordenados para o ano de 2015, contra 140 no ano passado. Este é o valor mais baixo dos últimos 15 anos.



O futuro não vai ser melhor, pois apenas 87 seminaristas diocesanos foram ordenados diáconos em 2015, e deve se tornar sacerdotes próximo ano. Como escrito pelo jornalista Figaro , Caroline Piquet , "declínio crônico no número de padres na França há muito preocupado os bispos. O número de padres católicos na França caiu quase pela metade em 20 anos, a partir de 29.000 (diocesanos e religiosos juntos) em 1995 para cerca de 15.000 em 2015. De acordo com projeções, elas serão apenas 6.000 em 2020. "Dez mil d eles têm mais de 65 anos, mais de 7.000 do que 75. E um bispo reconheceu sem rodeios: "Eu ordeno um sacerdote por ano, e enterro doze." O que faz com que muitos bispos franceses não tenham ordenado nenhum sacerdote durante dez anos.

BBC recolhe esta opinião imbuído de um fatalismo resignado: "Na diocese de Toulouse, a chanceler Christian Teysseyre observar essa flutuação permanente de ano para ano. "Em média, nós ordenação 1,5 por ano, mas este ano que tivemos em qualquer padres diocesanos", ele relata. "Esta não é a primeira vez que isso acontece, depende anos", ele continua. "Em 2016, por exemplo, nós planejamos ter três '. Na diocese de Orleans, também é muito variável. "Este ano temos uma ordenação, contra quatro em 2014", diz um leigo comprometido na Igreja, que deseja permanecer anônimo. 2012 e 2013 foram os anos mais difíceis: nenhuma ordenação. "

Esta queda é acompanhada ordenações inexoravelmente, ao longo das décadas, uma diminuição do número de praticantes: em 1952, 27% dos católicos iam à missa, em 2010 havia apenas 4,5%, de acordo com um estudo IFOP.

(Fontes: BBC / EFC / IFOP - DICI No. 318, de 07/10/15)

Católicas pelo direito de decidir? Não, caóticas!

Quem são, o que fazem, quem as financia? Conheça o que há por detrás das "Católicas pelo direito de decidir"

Em 1970, nascia nos Estados Unidos, pelas mãos de três membros do grupo abortista NOW ("National Organization for Women"), a organização "Católicas pelo direito de decidir". O intuito era minar as fileiras da Igreja, ludibriando os católicos com a falsa propaganda de que é possível seguir Jesus Cristo ao mesmo tempo em que se defende o aborto. Desde então, as feministas pelo direito a abortar - que de forma blasfema se julgam as porta-vozes do catolicismo feminista, se é que isso possa existir - vêm disseminando mundo afora as bobagens que as fundações internacionais pagam para serem contadas.
Mas não é só o aborto que estas senhoras defendem. Na luta delas também se inclui a apologia aos anticoncepcionais, às uniões entre pessoas do mesmo sexo e a outros absurdos frontalmente opostos ao ensinamento cristão. Tudo em nome da obcecada agenda pelos "direitos reprodutivos da mulher". Ao contrário das santas que, durante toda a história da Igreja, preocuparam-se em anunciar a salvação - gastando-se em vigílias, penitências e outras atitudes heroicas -, as falsas católicas pelo direito de decidir se empenham obsessivamente no combate aos mandamentos de Deus, ou seja, à santidade de vida. E a razão de tudo isso é muito simples, quem a explica é a própria presidente do conluio, a ex-freira Francis Kissling:

"A perspectiva católica é um bom lugar para começar, tanto em termos filosóficos, sociológicos como teológicos, porque a posição católica é a mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. OK. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente tem declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando começa a vida, fetos etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha"01.
Diante disso, a atitude católica não pode ser outra senão dizer um "sim decidido e sem hesitação à vida", como suplicou incisivamente o Papa Francisco, em seu discurso aos ginecologistas católicos02. Trata-se de caridade cristã. Quando grupos põe em jogo a dignidade da pessoa humana, mas, sobretudo, a salvação das almas, é dever de todo cristão opor-se com firmeza às mentiras que se arvoram sobre os filhos de Deus. Urge, com efeito, uma valente "cruzada de virilidade e de pureza que enfrente e anule o trabalho selvagem dos que pensam que o homem é uma besta. E essa cruzada é obra vossa"03. A filiação divina exige dos fiéis o combate sem trégua às forças do mal. À mentira a verdade, ao escândalo a pureza, à falta de caráter a fortaleza e assim com cada aberração suscitada pelo coração do diabo.
Arregaçando as mangas contra a Igreja, as caóticas pelo direito de matar acusam o Magistério Sagrado de promover a Aids entre as populações menos favorecidas, por causa da condenação aos preservativos. Pobres coitadas, não conseguem compreender - ou pelo menos fingem não conseguir - que aos santos pastores cabe o encargo de proteger o ser humano na sua integridade. A lógica utilitarista da camisinha já se mostrou um verdadeiro fracasso. Primeiro, porque transforma o ser humano num objeto de prazer, arrancando-lhe a sua dignidade fundamental. Segundo, porque estimula as mais torpes depravações sob a aparente "segurança" dos anticoncepcionais. E quem respalda o ensinamento católico é a própria ciência. Edward Green, diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da Aids da Escola de Saúde Pública de Harvard, confessou recentemente, através de suas pesquisas, que a propósito das polêmicas declarações de Bento XVI sobre os preservativos, o Romano Pontífice estava certo04. De fato, a camisinha é mais o problema do que a solução.
A única maneira de erradicar a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis é - como a Igreja vem repetindo há anos - através de "uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que inclua um novo modo de comportar-se um com o outro"05. Mas isso requer renúncia, sacrifício e, acima de tudo, amor. Todavia, a filosofia apregoada por instâncias feministas ou liberais não está acostumada à virtude, precisamente por isso, cai no reducionismo mesquinho de submeter a dignidade sexual do ser humano a relações de plástico. Aqueles que procuram viver a reta moral, lutando pela castidade e pela fidelidade ao matrimônio não precisam desses subterfúgios baratos. Quando a gravidade dos fatos exige respostas imediatas, elas devem vir da grandeza do caráter humano, não do látex.
Obviamente, não se necessita muito esforço para entender as ações das fajutas católicas feministas. A doutrina de Jesus não pode ser confundida, sob hipótese alguma, com mera formalidade ou exigências morais sem sentido. Cristo é a verdade e a Igreja o canal por onde se chega a ela, tudo o que procede do Catecismo e do Magistério dos Santos Padres tende à salvação do homem. E não poderia ser diferente, já que a Pedro foram conferidas as próprias chaves do céu. Por isso, grupos como as "Católicas pelo direito de decidir" e outras sucursais do inimigo de Deus, por mais barulho que possam fazer, sempre perderão, pois acima de suas cabeças, acima das nuvens cinzentas do pecado e da lavagem, reside um Deus muitíssimo maior, ao qual todas as coisas estão submetidas, até mesmo os demônios dos abismos.
Por Padre Paulo Ricardo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

• Frei Betto. Carta a Che Guevara o santo da Juventude.

Querido Che,
Passaram-se muitos anos desde que a CIA te assassinou nas selvas da Bolívia, a 8 de outubro de 1967. Tu tinhas, então, 39 anos de idade. Pensavam teus algozes que, ao cravar balas em teu corpo, após te capturarem vivo, condenariam tua memória ao olvido. Ignoravam que, ao contrário dos egoístas, os altruístas jamais morrem. Sonhos libertários não se confinam em gaiolas como pássaros domesticados. A estrela de tua boina brilha mais forte, a força dos teus olhos guia gerações nas veredas da justiça, teu semblante sereno e firme inspira confiança nos que combatem por liberdade. Teu espírito transcende as fronteiras da Argentina, de Cuba e da Bolívia e, chama ardente, ainda hoje inflama o coração de muitos.

Mudanças radicais ocorreram nesses trinta e seis anos. O Muro de Berlim caiu e soterrou o socialismo europeu. Muitos de nós só agora compreendem tua ousadia ao apontar, em Argel, em 1962, as rachaduras nas muralhas do Kremlin, que nos pareciam tão sólidas. A história é um rio veloz que não poupa obstáculos. O socialismo europeu tentou congelar as águas do rio com o burocratismo, o autoritarismo, a incapacidade de estender ao cotidiano o avanço tecnológico propiciado pela corrida espacial e, sobretudo, revestiu-se de uma racionalidade economicista que não deitava raízes na educação subjetiva dos sujeitos históricos: os trabalhadores.
Quem sabe a história do socialismo seria outra, hoje, se tivessem dado ouvidos às tuas palavras: “O Estado às vezes se equivoca. Quando ocorre um desses equívocos, percebe-se uma diminuição do entusiasmo coletivo devido a uma redução quantitativa de cada um dos elementos que o formam, e o trabalho se paralisa até ficar reduzido a magnitudes insignificantes: é o momento de retificar”.

Che, muitos de teus receios se confirmaram ao longo desses anos e contribuiram para o fracasso de nossos movimentos de libertação. Não te ouvimos o suficiente. Da África, em 1965, escreveste a Carlos Quijano, do jornal Marcha, de Montevidéo: “Deixe-me dizê-lo, sob o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade”.
Alguns de nós, Che, abandonaram o amor aos pobres que, hoje, se multiplicam na Pátria Grande latino-americana e no mundo. Deixaram de se guiar por grandes sentimentos de amor para serem absorvidos por estéreis disputas partidárias e, por vezes, fazem de amigos, inimigos, e dos verdadeiros inimigos, aliados. Minados pela vaidade e pela disputa de espaços políticos, já não trazem o coração aquecido por ideais de justiça. Ficaram surdos aos clamores do povo, perderam a humildade do trabalho de base e, agora, barganham utopias por votos.
Quando o amor esfria, o entusiasmo arrefece e a dedicação retrai-se. A causa como paixão desaparece, como o romance entre um casal que já não se ama. O que era “nosso” ressoa como “meu” e as seduções do capitalismo afrouxam princípios, transmutam valores e, se ainda prosseguimos na luta, é porque a estética do poder exerce maior fascínio que a ética do serviço.

Teu coração, Che, pulsava ao ritmo de todos os povos oprimidos e espoliados. Peregrinastes da Argentina à Guatemala, da Guatemala ao México, do México à Cuba, de Cuba ao Congo, do Congo à Bolívia. Saístes todo o tempo de ti mesmo, incandescido pelo amor que, em tua vida, se traduzia em libertação. Por isso podias afirmar, com autoridade, que “é preciso ter uma grande dose de humanidade, de sentido de justiça e de verdade para não cair em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios, em isolamento das massas. Todos os dias é necessário lutar para que este amor à humanidade viva se transforme em fatos concretos, em gestos que sirvam de exemplo, de mobilização”.
Quantas vezes, Che, nossa dose de humanidade ressecou-se calcinada por dogmatismos que nos inflaram de certezas e nos deixaram vazios de sensibilidade com os dramas dos condenados da Terra! Quantas vezes nosso sentido de justiça perdeu-se em escolasticismos frios que proferiam sentenças implacáveis e proclamavam juízos infamantes! Quantas vezes nosso senso de verdade cristalizou-se em exercício de autoridade, sem que correspondêssemos aos anseios dos que sonham com um pedaço de pão, de terra e de alegria.

Tu nos ensinaste um dia que o ser humano é o “ator desse estranho e apaixonante drama que é a construção do socialismo, em sua dupla existência de ser único e membro da comunidade”. E que este não é “um produto acabado. As taras do passado se trasladam ao presente na consciência individual e há que empreender um contínuo trabalho para erradicá-las”. Quiçá tenha nos faltado sublinhar com mais ênfase os valores morais, as emulações subjetivas, os anseios espirituais. Com o teu agudo senso crítico, cuidaste de advertir-nos de que “o socialismo é jovem e tem erros. Os revolucionários carecem, muitas vezes, de conhecimentos e da audácia intelectual necessárias para encarar a tarefa do desenvolvimento do homem novo por métodos distintos dos convencionais, pois os métodos convencionais sofrem a influência da sociedade que os criou”.

Apesar de tantas derrotas e erros, tivemos conquistas importantes ao longo desses trinta anos. Movimentos populares irromperam em todo o Continente. Hoje, em muitos países, são melhor organizados as mulheres, os camponeses, os operários, os índios e os negros. Entre os cristãos, parcela expressiva optou pelos pobres e engendrou a Teologia da Libertação. Extraímos consideráveis lições das guerrilhas urbanas dos anos 60; da breve gestão popular de Salvador Allende; do governo democrático de Maurice Bishop, em Granada, massacrado pelas tropas dos EUA; da ascensão e queda da Revolução Sandinista; da luta do povo de El Salvador. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores chegou ao governo com a eleição de Lula; na Guatemala, as pressões indígenas conquistam espaços significativos; no México, os zapatistas de Chiapas põem a nu a política neoliberal.

Há muito a fazer, querido Che. Preservamos com carinho tuas maiores heranças: o espírito internacionalista e a Revolução cubana. Uma e outra coisa hoje se intercalam como um só símbolo. Comandada por Fidel, a Revolução cubana resiste ao bloqueio imperialista, à queda da União Soviética, à carência de petróleo, à mídia que procura satanizá-la. Resiste com toda a sua riqueza de amor e humor, salsa e merengue, defesa da pátria e valorização da vida. Atenta à tua voz, ela desencadeia o processo de retificação, consciente dos erros cometidos e empenhada, malgrado as dificuldades atuais, em tornar realidade o sonho de uma sociedade onde a liberdade de um seja a condição de justiça do outro.

De onde estás, Che, abençoes todos nós que comungamos teus ideais e tuas esperanças. Abençoes também os que se cansaram, se aburguesaram ou fizeram da luta uma profissão em benefício próprio. Abençoes os que têm vergonha de se confessar de esquerda e de se declarar socialistas. Abençoes os dirigentes políticos que, uma vez destituídos de seus cargos, nunca mais visitaram uma favela ou apoiaram uma mobilização. Abençoes as mulheres que, em casa, descobriram que seus companheiros eram o contrário do que ostentavam fora, e também os homens que lutam por vencer o machismo que os domina. Abençoes todos nós que, diante de tanta miséria a erradicar vidas humanas, sabemos que não nos resta outra vocação senão converter corações e mentes, revolucionar sociedades e continentes. Sobretudo, abençoe-nos para que, todos os dias, sejamos motivados por grandes sentimentos de amor, de modo a colher o fruto do homem e da mulher novos. 


Missa tradicional ou Missa Nova?

“A Missa tradicional é voltada para a adoração a Deus, o princípio e o fim do Sacrifício, diante do qual todos os homens se humilham e descem dos seus pedestais. Para Deus se há de dar o melhor: a melhor arte, os melhores paramentos, as melhores intenções, a maior preocupação em fazer tudo para dar a ele um sacrifício o mais digno de sua glória possível, dentro da capacidade humana.”
Contra eles, costuma-se dar três objeções:
1ª - A Missa Nova na verdade é a mesma Missa de sempre. Não há portanto razão para recusá-la;

2ª - O Papa mandou explicitamente a Missa Nova. Ora, os fiéis devem obedecer ao Papa, mesmo quando não fale ex-cathedra;

3ª - O Papa, apesar de não usar neste caso a sua infalibilidade, não poderia errar em matéria tão grave.

RESPOSTAS
1ª Objeção: A Missa Nova é a mesma Missa de sempre.
É melhor deixar responder a isto o próprio Mons. Aníbal Bugnini, então secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o grande mentor da Missa Nova: “Não se trata apenas de retoques numa obra de grande valor, mas às vezes é preciso dar estruturas novas a ritos inteiros. Trata-se de uma restauração fundamental, eu diria quase umamudança total e, para certos pontos, de uma verdadeira nova criação.” (Doc. Cat. n.º 1493, 7/5/1967). Por estas palavras se vê que a Missa Nova já não é a mesma Missa de sempre. Aliás, se é a mesma coisa, então por que criticar e até perseguir os que querem ser fiéis à Missa tradicional?

2ª Objeção: O Papa mandou explicitamente a Missa Nova.
Antes de responder, gostaria de fazer quatro perguntas a quem fizesse essa objeção:
a) Um Papa pode entrar em desacordo com a Tradição?
b) Se um Papa estiver em desacordo com a Tradição, a quem devemos seguir, ao Papa ou à Tradição?
c) Um Papa pode terminar favorecendo uma heresia?
d) Se o Papa favorece a heresia, neste caso o que se deve fazer: obedecer ao Papa e favorecer a heresia ou conservar a Fé intacta? Existem graves razões de Fé para não se aceitar a Missa Nova.
A Igreja condenou os erros protestantes. Definiu, com infalibilidade, dogmas de Fé sobre a presença real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia, sobre o Sacerdócio Hierárquico distinto do dos simples fiéis, sobre o Santo Sacrifício da Missa.
O Sacrossanto Concílio de Trento condenou aqueles que dizem que Missa deve ser celebrada só em vernáculo (no caso do Brasil, em português): “Ainda que a Missa contenha um grande ensinamento para o povo fiel, todavia não pareceu bom aos Padres do Concílio que ela seja celebrada em língua vulgar […] o Santo Concílio ordena aos pastores e a todos aqueles que têm cura de almas a darem explicações frequentemente, durante a celebração das Missas, por si próprios ou por meio de outros, à partir dos textos lidos na Missa e, dentre outros, esclarecer o mistério desse sacrifício, sobretudo nos domingos e dias de festa” (Concílio de Trento, sessão XXII, cap. 8) O Concílio de Trento e o Papa Pio VII reprovaram os que querem que a Congregação seja em voz alta
O Papa Pio XII reprovou o altar em forma de mesa: “Separar o Tabernáculo do Altar é equivalente a separar duas coisas, as quais, por sua verdadeira natureza, devem permanecer juntas” (Alocução do Congresso Litúrgico Internacional- Assis-Roma, setembro 18-23,1956) Ora, na Missa Nova, os eros que a Igreja nos ensinou a reprovar agora são tidos como certos e aprovados. E mais: os dogmas de fé acima citados, não são mais tão explícitos como são na Missa tradicional, e isso é tão evidente que os protestantes, que jamais toleraram a Missa tradicional (Lutero, mesmo, a chamava de abominável e sacrílega), afirmaram que, com a Missa Nova, teologicamente é possível que eles celebrem a sua ceia com as mesmas orações da liturgia reformada da Igreja Católica (cf. Max Thurian, La Croix, 30/5/1969). Não é sintomático?! Será que podemos conservar a fé e agradar a Deus, oferecendo-lhe um culto assim, ambíguo, que agrada também aos Seus inimigos, e fazer deste culto o centro de nossa vida, como deve ser a Santa Missa?
Pode uma autoridade, por suprema que seja, nos impor algo que é contra a nossa Fé e que é ofensivo a Deus, Nosso Senhor?
Eis o dilema para todo bom católico: ou sacrificar a Fé e a Tradição em nome da obediência, ou manter-se firme na Fé e na Tradição, obedecendo ao que foi sempre ensinado pela Santa Igreja, e por isso ser taxado de rebelde e de desobediente!
São Paulo já nos advertiu: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie um Evangelho diferente daquele que vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gal. 1,8) Não se trata de desobediência ou de rebeldia. Trata-se de fidelidade e lealdade à Fé do nosso Batismo, e, portanto, à cátedra de Pedro e à Santa Igreja. Pode-se cair em heresia ou favorecer a ela por palavras ou por atos. E os hereges sempre procuraram manifestar na liturgia os seus erros. Assim, por exemplo, no tempo da heresia monofisita, que negava as duas naturezas em Jesus Cristo, os hereges, quando celebravam a Missa, não colocavam a gota de água no vinho no ofertório, porque isto significa também a natureza humana de Cristo unida à natureza divina. Se um padre, naquela época, celebrasse a Missa assim, estaria fazendo, por este simples gesto, uma profissão de fé herética, terrivelmente ofensiva a Deus. E nenhuma autoridade poderia obrigá-lo a tal, porque era uma questão de fé. 
O Papa Leão XIII afirmou em sua encíclica Satis Cognitum: “Nada poderia ser mais perigoso que estes hereges que, conservando em tudo o mais a integridade da doutrina, por uma só palavra, como por uma só gota de veneno, corrompem a pureza e a simplicidade da Fé que nósrecebemos da Tradição de Nosso Senhor e, depois, dos Apóstolos.” A obediência é uma virtude moral, inferior à Fé, que é uma virtude teologal. A obediência está condicionada à Fé. A Fé não tem limites. A obediência os tem. Obedecer é fazer a vontade de Deus, expressa na vontade dos superiores representantes de Deus. Mas se a ordem dos superiores se revela em contradição com a vontade de Deus, então vale aplicar a frase de São Pedro: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens” (Atos, 5,29). Assim, o quarto Mandamento manda ao filho obedecer aos pais. Mas se o pai lhe manda algo contra a vontade de Deus, o filho não deve fazer o que o pai lhe ordena, e peca se o fizer.

3ª Objeção: O Papa, apesar de não empenhar neste caso a sua infalibilidade, não poderia errar em matéria tão grave.
Os que afirmam que o Papa, fora do campo da infalibilidade, não pode errar, apesar de ser matéria muito grave, estão afirmando mais do que o próprio Concílio Vaticano I afirmou, mais do que o Papa Pio IX definiu. Estão querendo, segundo disse alguém, saber mais do que o Papa, ser mais católicos que o Papa. Pois se o Concílio definiu os contornos dentro dos quais não há possibilidade de erro, querer ampliar por conta própria estes contornos, é querer saber mais do que o Papa e a Igreja.
Aliás, isso seria contraditório com a história da Igreja. 
Por exemplo, o Papa Honório I, em matéria muito grave e que interessava à Igreja toda, pois era uma decisão em assunto de heresia, ao dar uma ordem, falhou e foi anatematizado por um Papa posterior, porque favoreceu a heresia.
Portanto, nas coisas em que o Papa não é infalível, ele normalmente não erra, mas pode errar. Qual é o critério que nos ilumina sempre: a Tradição. O que for de acordo com a Tradição da Igreja é certo. O que não for é falso. Foi por esta razão que o Papa Honório foi anatematizado. Eis as palavras de São Leão II, Papa: “Anatematizamos Honório, que não ilustrou esta Igreja Apostólica com a doutrina daTradição apostólica, mas permitiu, por uma traição sacrílega, que fosse maculada a Fé imaculada [...] da Tradição apostólica, que recebera de seus predecessores“. “[...] Não extinguiu, como convinha à sua Autoridade Apostólica, a chama incipiente da heresia, mas afomentou por sua negligência“ (Denz-Sch. 563 e 561).
Do mesmo modo o VI Concílio Ecumênico rejeitou de modo absoluto e execrou como nocivas às almas (sic) as cartas do Papa Honório, por ter “verificado estarem elas em inteiro desacordo” com a Tradição. Eis porque o Concílio Vaticano I definiu: “O Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de São Pedro para que estes, sob a revelação do mesmo, pregassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente o depósito da Fé, ou seja, a revelação herdada dos Apóstolos“. (D. 3070).
“Virgem Mãe de Deus, Maria,
Que sozinha destruístes todas as heresias no mundo inteiro,
Rogai pelo povo, intercedei pelo clero.”
Padre Fernando Arêas Rifan
Ex-diretor do Ensino Religioso
Campos-RJ

Christus vincit !!! – Motu Proprio Summorum Pontificum

Por: Orlando Fedeli

Deus seja louvado!!! FAZEM 8 ANOS.
 
AMANHECEU!!!
Deus amanhece devagar. 
Mas, afinal, amanheceu!
O Papa Bento XVI liberou a Missa de sempre!!!
O Papa a fez ressurgir do túmulo em que a haviam sepultado!

 
Aquilo que era esperado há tanto tempo, finalmente aconteceu. 
42 anos após o Concílio Vaticano II, depois de 38 anos da Missa Nova de Paulo VI, o Papa Bento XVI liberou a Missa de sempre dos entraves que a má vontade de certos Bispos modernistas lhe opusera. Má vontade, porque a Missa de sempre nunca foi revogada e nem proibida.

Já não é mais possível aos Bispos modernistas não permitirem que se reze a Missa que a Igreja celebrou praticamente durante quase dois milênios, a Missa de tantos santos. A chamada Missa de São Pio V, em latim, — a língua da Igreja –, pode ser rezada sem empecilho, por qualquer padre que deseje rezá-la. Sem ter necessidade de pedir licença ao Bispo, pois a Liturgia está acimaum decreto papal não pode ser entravado por um Bispo católico.

Essa Missa de sempre, que tão perfeitamente exprime o dogma da Fé na presença real de Cristo sob as espécies consagradas, e que tão bem se opõe à heresia protestante e ao antropocentrismo, volta a ser rezada para Deus, e não para o homem, num altar, e não numa simples mesa.

Volta a ser dada a Deus a glória devida. 
Retorna das catacumbas modernas a Missa de sempre. Retorna a ser oferecido dignamente — sem a malfadada criatividade clownesca intolerável — a Deus Pai o sacrifício propiciatório de Cristo, a renovação do sacrifício do Calvário. 

O que o sonho de Dom Bosco profetizara aconteceu: um Papa trouxe de volta a nave da Igreja — “que fazia água por todos os lados”, como disse certa vez o Cardeal Ratzinger — amarrando com um Motu Proprio a nave da Igreja à coluna da Hóstia consagrada.
Com um Motu Proprio! 
O que salienta o poder soberano do Papa!
     
O que a visão do Terceiro Segredo de Fátima anunciara, que um Bispo vestido de branco sairia da cidade arruinada e subiria a montanha encimada pela Cruz, agora começa a ser realizado!

42 anos os fiéis católicos viveram no deserto, tendo que suportar a dor imensa das profanações nas Missas-show, para agora voltarem a assistir nas Catedrais, nas igrejas, e nas humildes capelas, de novo, o sacerdote subir ao altar dizendo: “Introibo ad altare Dei”. E o povo fiel lhe responder: “Ad Deum qui laetificat juventutem meam”.
Sim, até o Deus que alegra a juventude perene da Igreja, no perene sacrifício da Missa. E sabe-se que Bento XVI quer decretar uma reforma da Missa Nova para acabar de vez com os abusos, que levaram a Liturgia ao limite do suportável. Ou do insuportável.

Vão acabar, sim, as Missas rock, as missas com moçoilas dançantes com vestes diminutas ou transparentes, exibindo-se sensualmente ante o Calvário, essas missas com sambas e rocks, cuícas e baterias, essas missas de sacerdotes com rosto pintado como palhaços de circo, essas Missas vão acabar. 
Como o sol faz fugir as trevas — é questão de tempo apenas — a Missa de sempre, de novo, irá iluminar a Igreja com o Sol da Verdade, Cristo Deus. Ela vai iluminar as almas fazendo rebrilhar nelas, de novo, a luz da Fé. 

Acabou a Missa de oxum do Padre Pinto. Acabou a missa com baldes de água jogados sobre os fiéis! Acabou a missa da cristoteca! E o que mais impressiona é que esse retorno foi patrocinado por um Papa que foi, outrora, um perito do Concílio Vaticano II.

Não foi um Papa tradicionalista que fez a Missa de sempre retornar às Catedrais. Não foi um discípulo de São Pio X que realizou esse milagre. Foi um ex-defensor do Concílio Vaticano II e que o definiu, outrora, como um anti Syllabus.
Digitus Dei est hic!
A ação de Deus está nesse fato.
Foi Deus quem fez isso.
 
Bendito seja Deus que faz renascer o Sol!
Bendito seja Deus que faz renascer a Fé!
Bendito seja Deus que faz retornar a Santa Igreja à coluna da Hóstia consagrada!
     
Bendito seja Cristo Deus, em seu Vigário na Terra, o Papa Bento XVI. Dominus conservet eum. Deus o santifique e lhe dê forças contra os inimigos do Altíssimo. Que Deus lhe dê a força necessária para enfrentar os lobos vorazes, que falam melifluamente, enquanto estraçalham as almas.

Deus o faça vitorioso!
Benedictus qui venit in nomine Domini
A Missa de sempre voltou!
Aquela que se dizia morta está viva!     
A Igreja ostenta ainda as marcas de sua paixão de 42 anos. Mas a Igreja está viva e triunfante com a Missa que retorna, nesse novo amanhecer da Igreja. As trevas estão se dissipando. É a aurora que renasce no horizonte da História da Santa Igreja.

Amanhece na Igreja.
Os sinos estão tocando na Igreja. Em Roma. Os sinos repicam de alegria nas almas fiéis.
Amanhece!

Salve festa dies. 
Toto mirabilis evo,
Quod Deus infernum vicit
Ed astra tenet

Bendito seja Deus no Papa Benedictus XVI !!!
Amanhece. 
Cristo mais uma vez venceu!
Amanhece!!!
A noite não era eterna.
O sino está tocando. 
A Missa vai começar. 
Como sempre. 
     
Não se ouvem já os doces nêumas do canto gregoriano subindo como incenso perfumado ao céu?

É a Igreja que canta!
Acabou-se o rock profanador!
Introibo ad altare Dei!
Ad Deum qui laetificat juventutem meam, torna a cantar a Igreja sempre jovem.

Só Deus é eterno. Só a Santa Igreja Católica Apostólica Romana é invencível. Imperecível. Indestrutível. Santa e santificadora.

Só ela, como Cristo, pode suportar uma paixão tão sangrenta como a destes 42 anos de profanações, e ressurgir viva e triunfante do túmulo em que a morte pensava ter vencido a Vida e imposto a mentira.

Não se nos pergunte mais: “Onde está o Senhor? Para onde levaram o seu Corpo?”
Ele está lá. No sacrário silencioso.
Ele esta lá. Na hóstia consagrada. 
Ele está lá. 
Na Igreja.
Como sempre.

Amanhece!!!
Viva o Papa!!!    
AMANHECEU!!!
     
A certeza da Fé não nos enganou: o dia ia renascer!

AMANHECEU!!!
Bento XVI liberou a Missa dos entraves do túmulo modernista!
Viva Dom Marcel Lefebvre que foi o grande arauto dessa vitória!!!
Viva Dom Mayer, paladino da Fé !!!


Finalmente amanheceu!!!
Christus vincit!!!
Christus regnat!!!
Christus imperat!!!
Viva! Viva! Viva o Papa!!!

AMANHECEU!!!
AMANHECEU!!!
AMANHECEU!!!
Viva o Papa!!!

domingo, 5 de julho de 2015

Em primeiro discurso como Papa emérito, Bento XVI fala da música.

2015-07-04 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Pela primeira vez desde que se tornou Papa emérito, em 28 de fevereiro de 2013, a voz de Bento XVI voltou a ser registrada oficialmente pela Rádio Vaticano, neste sábado (04/7).
Bento XVI agradeceu, na Residência Pontifícia de Castel Gandolfo, ao Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanisław Dziwisz, que lhe conferiu dois títulos de Doutorado “honoris Causa” em nome dos reitores da Academia Musical de Cracóvia e da Pontifícia Universidade João Paulo II, instituída por Bento XVI em 19 de junho de 2009.
Esta condecoração, disse o Cardeal Dziwisz, “representa a gratidão destas duas instituições pela grande estima que Bento XVI sempre nutriu para com São João Paulo II. Em segundo lugar, pelo seu serviço Pontifício e pela grande herança da sua doutrina e benevolência”.
Papa emérito lembra São João Paulo II
Por sua vez, o Papa emérito expressou seu vivo apreço e reconhecimento pela Condecoração a ele conferida, que reforça  sua profunda ligação com a Polônia, pátria do grande santo João Paulo II, do qual foi íntimo colaboração por longos anos e sobre o qual disse: “Sem ele, o meu caminho espiritual e teológico nem pode ser imaginado. Com o seu exemplo vivo, ele nos ensinou que a alegria da grande música sacra pode caminhar de mãos dadas com a participação comum da sacra liturgia, como também a alegria solene e a simplicidade da humilde celebração da fé”.
A música para Bento XVI
Aqui, Bento XVI perguntou: “O que é, enfim, a música? De onde provém e para onde leva?” E respondeu focalizando três fontes da música: a experiência do amor, a experiência da tristeza e o encontro com o divino. A poesia, o canto e a música nasceram da dimensão do amor, de uma nova dimensão da vida e de um toque amoroso de Deus. E acrescentou: “A qualidade da música depende da pureza e da grandeza do encontro com o divino, com a experiência do amor e da dor. Quanto mais esta experiência for pura e verdadeira, tanto mais pura e grande será a música, que dela nasce e se desenvolve”.
Falando de sua experiência pessoal, o Papa emérito afirmou que “no âmbito das culturas e das religiões mais diferentes encontramos uma grande arquitetura, pinturas e esculturas, mas também uma grande música. Contudo, em nenhum outro âmbito cultural há uma grandeza musical que possa se comparada com aquela nascida no âmbito da fé.
Música e Igreja
A música ocidental, explicou Bento XVI, é uma coisa única e incomparável com outras culturas, e apresentou como exemplo, Bach, Händel, Mozart, Beethoven, Bruckner: “A música ocidental supera sobremaneira o âmbito religioso e eclesial. Todavia, ela encontra a sua fonte mais profunda na liturgia e no encontro com Deus. A resposta da grande e pura música ocidental desenvolveu-se no encontro com Deus, que, na liturgia, se torna presente em Jesus Cristo”.
Bento XVI concluiu seu pronunciamento dizendo que “as duas universidades, que lhe conferiram este Doutorado “honoris causa” representa uma contribuição essencial, para que o grande dom da música, que provém da tradição da fé, não se dissipe”. (MT)